78) VÁ E VEJA (Idi i Smotri, URSS, 1985) Direção: Elen Klimov Ganhador do Prêmio de Ouro do Festival Internacional de Moscou. Cenas impressionantes de um retrato da guerra na Bielo-Rússia em 1943. Diferente de outros filmes de guerra tradicionais, “Vá e Veja” não tem catarse heróica nem uma narrativa tradicional. A visão apocalíptica de Klimov combinando imagens poéticas e brutais da destruição de uma vida jovem pelo horror da guerra toca profundamente ... O expectador é convidado a “ir e ver” Alexei Kravchenko, o Florya, um adolescente de 16 anos, que testemunha uma série de atrocidades nazistas. |
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77) QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL (Four Weddings and a funeral, Grã-Bretanha, 1994) Direção: Mike Newell Comédia romântica que cativou o público e fez Hugh Grant um astro internacional. Um roteiro impecável de Richard Curtis que relata uma história de amor em vários meses e cinco cerimônias, numa deliciosa sátira de costumes, retratando egocêntricos membros da classe alta britânica. Hugh Grant e Richard Curtis ainda fizeram Um Lugar Chamado Notting Hill e O Diário de Briget Jones, populares na Inglaterra e no exterior. |
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76) 1900 (Novecento, França/Itália/Alemanha , 1976)
Direção: Bernardo Bertolucci Um grandioso e longo filme (cerca de 5h dividido em duas partes) que mostra com muito amor 45 anos da história social moderna da Itália abordando os conflitos entre aristocráticos e trabalhadores rurais. Polêmico e controvertido, visualmente glorioso e embalado pela música de Ennio Morricone, o filme tem um elenco internacional de atores italianos, franceses e americanos (Robert de Niro, Gérard Depardieu, Burt Lancaster, Donald Sutherland, Dominique Sanda, entre outros) que faz dessa experiência um filme sensacional. Está listado entre os grandes filmes políticos e Bertolucci conseguiu realizá-lo após o assombroso sucesso de O Último Tango em Paris (1972). |
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75) OS PÁSSAROS (The Birds, EUA, 1963) Direção: Alfred Hitchcock É considerado o mais aterrorizante e enigmático filme do diretor. Conduz o expectador a variadas interpretações e explicações para o horror da revolta e ataque dos pássaros em Bodega Bay, uma sonolenta e pequena cidade costeira. Hitchcock surpreende o público com seu peculiar e genuíno suspense. O filme ganhou Oscar de Melhores Efeitos Especiais e a loira da vez é Tippi Hedren. |
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74) A VIDA DOS OUTROS (Das Leben Der Anderen, ALEMANHA, 2006)
Direção: Florian Henckel Von Donnersmarck Considerado um dos mais importantes filmes alemães, o aristocrático Florian Henckel marca sua estreia com a assustadora e sufocante história da obsessão do governo da Alemanha Oriental (antes da queda do Muro de Berlin), de controlar detalhada e intimamente toda sua população. Um policial da STASI (a polícia-política) tem sua ética e moral confrontados com a onipotência do Estado Totalitário. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2007 e vários prêmios importantes na Europa.
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73) O JARDINEIRO FIEL (The Constant Gardener, REINO UNIDO, 2005). Direção: Fernando Meirelles O estilo “agitado” conseguido por Meirelles com Cidade de Deus (2002), permanece nesta produção britânica. Um thriller social e político adaptado do best-seller de John Le Carré. A história da esposa de um diplomata inglês (uma ativista pelos direitos humanos) que investiga experiências ilegais de empresas de medicamentos na população africana. Uma denúncia de todo o mal das grandes corporações e uma poderosa história de amor. O filme rendeu à atriz Rachel Weisz o Oscar de Melhor Atriz e ganhou vários outros prêmios. |
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72) PEQUENA MISS SUNSHINE (Little Miss Sunshine, EUA, 2006) Direção: Jonathan Dayton , Valerie Faris Apesar de ser um filme independente, dirigido por um casal de publicitários de 49 anos, encantou não só como comédia mas ao mesmo tempo também como aventura,sátira e crítica de costumes, ganhando vários Oscar. A interpretação da adolescente Abigail Breslin, em sua viagem de “Kombi” com sua família para concorrer a um concurso de miss pré-adolescente é tocante e surpreendentemente divertido, e gargalhadas brotam expontâneamente junto com a compaixão que os excêntricos personagens despertam com sua fragilidade. É considerado uma das mais estimulantes e inovadoras comédias lançadas em 2006, oferecendo uma comicidade sem referências para sua invenção. Imperdível! |
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71) O SEGREDO DE BROKEBACK MOUTAIN ( Brokeback Moutain, EUA,2005) Direçaõ : Ang Lee Mais uma vez o tema homossexualismo chega à telona. Desta vez em um filme distinto e preciso onde o diretor Ang Lee revela a cortante melancolia da história do amor impossível entre dois vaqueiros no Oeste americano nos anos 60. O filme despertou muita atenção por ser um dos primeiros faroestes americanos a abordar o tema e chegar ao circuito comercial. Ganhou vários prêmios mundo afora (Leão de Ouro no Festival de Veneza, Oscar de Melhor Direção, Melhor Música e Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Globo de Ouro e o Bafta, entre outros). Um clássico instantâneo do século XXI! |
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70) CENTRAL DO BRASIL (Brasil, 1998) Direção: Walter Salles A obra de Walter Salles é peculiar nessa história simples mas universal... O filme ganhou o Urso de Ouro de Melhor Filme e o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim. Foi indicado ao Oscar, fazendo de Fernanda Montenegro a primeira e única brasileira na disputa pela estatueta dourada de Melhor Atriz, fato jamais alcançado por nenhum intérprete brasileiro. As cenas de Dora, a professora trambiqueira e o arredio menino Josué transcendem na vastidão do interior do Brasil. Imperdível. |
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69) A PAIXÃO DE CRISTO (The Passion of the Christ, EUA, 2004) Direção: Mel Gibson O muito polêmico filme de Gibson(anti-semita?, pró-católico?), que retrata as últimas 24 horas na vida de Cristo, é o mais bem-sucedido dos filmes independentes ocupando mais espaço na mídia do que qualquer outro filme em anos, dando sinal verde a numerosas produções bíblicas/mitológicas/greco-romanas a seguirem em frente! Concorde ou discorde de suas encenações, o que se vê no filme é magnificamente apresentado, bem interpretado pelo elenco e frequentemente tocante. Gibson não apenas causa polêmica mas mostra suas crenças, provoca o pensamento e toca corações. |
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68) O Pianista (The Pianist, 2002, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Holanda, Polônia) Direção: Roman Polanski. A vida turbulenta de Polanski influenciou seus filmes: ( Repulsa ao Sexo (1965), O Bebê de Rosemary (1974) Chinatown (1974). Nesse filme ele mostra o drama de um pianista judeu no gueto de Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial. Sua visão do Holocausto é mostrada com muita inteligência e humildade e revela o sadismo pessoal e arbitrário dos alemães na máquina nazista. Polanski era fliho de poloneses enviados a um campo de concentração. Com esse filme ele conquistou o Oscar e Adrien Brody ganhou o Oscar de Melhor Ator. |
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67) A Festa de Babete (Babete's Feast, 1987 Dinamarca) Direção: Gabriel Axel Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e considerado "um exemplo sublime da arte da adaptação," o filme de Axel repensa todo o relacionamento entre vidas austeras e o prazer magnificante do banquete preparado por Stephane Audran ( Babete), a empregada que chega num vilarejo na costa da Dinamarca para prepará-lo. Um filme ressoante e generoso. Saboreie cada momento desse banquete e a atuação majestosa da protagonista. |
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66) RAN (Japão,França, 1985) Direção: Akira Kurosawa Segundo a crítica especializada um dos muito filmes que é preciso ver antes de morrer, RAN está com certeza entre os primeiros. A mestria e a técnica de Kurosawa e seu talento artístico acumulado durante anos (ele estava fazendo 75 anos quando realizou o filme) nos deixa esta adaptação do Rei Lear de Shakspeare e unida a uma antiga lenda japonesa... Com atuações brilhantes de atores do teatro Nô japonês e sequências de batalhas com técnicas de filmagem sem paralelo no cinema ,o diretor definiu seu filme como”uma série de eventos humanos visto do céu” Kurosawa é considerado um dos diretores que inequivocamente contribuiu para a formação da linguagem cinematográfica. |
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65) FILADÉLFIA (Philadelphia,EUA,1993) Direção: Jonathan Demme Primeiro filme hollywoodiano especificamente sobre a questão da AIDS. Tom Hanks, no papel que lhe valeu seu primeiro Oscar de Melhor Ator, com seu desempenho simpático e apaixonado, nos faz esquecer um pouco a devastação que a AIDS inflige às pessoas (preconceito, homofobia) Demme enche seu drama sincero com ótimos atores (Denzel Washington, Antonio Bandeiras, Joanne Woodward) em uma obra densa e sensível. O filme ganhou vários prêmios e a canção de Bruce Springteen ecoa até hoje. |
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64) PIXOTE- A Lei do Mais Fraco (Brasil 1981) Diretor: Hector Babenco Comparado pela crítica internacional com o filme de Luis Bunuel de 1950 “Os Esquecidos”, o filme de Babenco sobre meninos de rua, causou sensação em vários festivais e ganhou mundo. Ainda que seja um filme feio, sujo e desagradável, Babenco conseguiu extrair lirismo da história de Fernando Ramos da Silva, o Pixote. Fernando Ramos da Silva teve um fim trágico marcando para sempre a história desse filme- a violência das ruas e o crime como caminho para sobrevivência. Baseado no livro-reportagem de José Louzeiro, foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro e venceu o prêmio Leopardo de Prata no Festival de Locarno (Suiça) . Atingiu grande sucesso no exterior e deslanchou a carreira desse argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco. |
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63) PSICOSE (Psycho, EUA 1960) Diretor: Alfred Hitchcock O mestre do suspense engendra nesse seu filme o terror perfeito do cinema. A antológica e emblemática “cena do chuveiro” de Marion (Janet Leigh), no banheiro do motel já é conhecida até mesmo por quem nunca viu o filme! Esta famosa cena demorou sete dias para ser filmada e teve 70 posições de câmeras diferentes! Dizem que Hitchcock comprou quase todos os exemplares do livro de Robert Bloch em que o filme foi baseado, para que ninguém pudesse ler o “segredo” de Bates (Anthony Perkins). O filme recebeu várias indicações ao Oscar, arrecadou US$40 milhões , é reverenciado como um dos filmes mais famosos de todos os tempos e é considerado a maior referência em filmes de horror. |
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62) GANDHI (Inglaterra, India 1982) Diretor: Richard Attenborough Arecriação da vida e da época de Mohandas Kharamchand Gandhi(1869-1948) de uma forma que tocou igualmente os públicos ocidentais e orientais com o significado espiritual do Mahatma. Ben Kingsley se dedicou ao papel bravamente e tentou viver a vida segundo os preceitos severos de Gandhi. O filme foi aclamado tanto pela crítica como pelo público mundial e foi premiado 8 vezes com o Oscar. |
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61)KOYAANISQATSI ( EUA, 1983) Diretor: Godfrey Reggio Um longa de vanguarda, com música minimalista incessante de Philip Glass e uma mensagem sociopolítica séria. O título remete a uma palavra que significa “vida fora de equilíbiro” na linguagem dos índios Hopi. O filme apresenta imagens de um mundo que se tornou instável devido às várias formas de atividade humana, num caleidoscópio criado por Reggio que, com amplos recursos cinematográficos criou cenas originais e inusitadas projetadas para instar a reflexão sobre questões ecológicas e ambientais. O filme foi indicado ao Urso de Ouro no Festival de Berlin. |
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60) DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (Brasil, 1976) Diretor: Bruno Barreto Considerado o filme que representava oficialmente o Brasil na mente do primeiro mundo. Baseado no texto de Jorge Amado, assistido por mais de 12 milhões de pessoas (recorde do cinema brasileiro até hoje), o filme conta a história do vínculo de pele e espírito entre Flor (Sonia Braga), Vadinho(Jose Wilker) e o farmacêutico Teodoro(Mauro Mendonça) um fornecendo o fogo da paixão e o outro a estabilidade. |
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59) OS EMBALOS DE SÁBADO A NOITE (Saturday Night Fever, EUA, 1977) Diretor: John Badham Este fenômeno cinematográfico fez com que as pistas de dança ficassem lotadas, tornando o estilo “disco” a grande moda dos anos 70 e com 15 milhões de discos vendidos. Acompanhado pela contagiante canção dos Bee Gees “Stayn’ Alive,” John Travolta e seus passos de dança foram copiados em muitas pistas e em muitos filmes desde então. John Travolta foi indicado ao Oscar de Melhor Ator. |
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58) BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDROIDES (Blade Runner, EUA 1982) Diretor: Ridley Scott Desde 1968 quando foi escrito o livro ”Do Androids Dream of Electric Sheep” do autor de ficção científica “Philip K.Dick”, que se pensava em filmar a história dos andróides replicantes caçados pelo carismático detetive Deckard (no filme Harrison Ford). A versão cinematográfica espantosa e fantástica, noir e futurista de Ridley Scott foi finalmente reconhecida como uma obra prima dos filmes de ficção científica. A mistura de ação e filosofia, o elaborado visual (Scott era um dos grandes estilistas visuais formado pelo Royal College of Art) e a trilha sonora de Vangelis tornaram o filme cultuado. Quando o cineasta lançou o filme na edição que ele havia concebido, Blade Runner recuperou o status de que sempre mereceu. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais. |
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57) UM ESTRANHO NO NINHO ( 1975, EUA - One Flew Over The Cuckoo’s Nest) Direção: Milos Forman Com este filme , Forman triunfou em Hollywood arrebatando cinco Oscar incluindo o de Melhor Filme. Um filme revolucionário, hipnótico e humanístico, cheio de personagens excêntricos. Jack Nicholson é naturalmente cativante como o confinado para uma reabilitação, porém espirituoso e vigoroso. |
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56) O ÚLTIMO TANGO EM PARIS (Ultimo Tango a Parigi, Itália/França, 1972) Direção: Bernardo Bertolucci Filme que começou uma tendência erótica nos filmes de arte que perdura até hoje. Um caso sexual “sem perguntas” e a participação notável de Marlon Brandon, com monólogos obscenos e blasfêmias imorais ( escatológicos). Com a parceira Maria Schneider entregam-se ao sexo anônimo e tudo isso perfeitamente acompanhado pelo saxofone de Gato Barbieri. Segundo a crítica de cinema Pauline Kael “finalmente o sexo não era tratado como estimulante físico, mecânico e sensacionalista, mas sim como impulso dos personagens, com paixão e violência emocional”. A obra de Bertolucci causou escândalo coletivo mas Bertolucci foi indicado ao Oscar de Melhor Diretor e Brandon de Melhor Ator. |
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55) ENSINA-ME A VIVER (Harold and Maude, EUA, 1971) Direção: Hal Ashby Considerado pelos críticos de cinema um filme “cult autêntico” que narra a química peculiar entre Maude uma mulher de 60anos e Harold, um rapaz de 21anos. Como um casal romântico inesquecível, eles desafiam tabus de idade, envelhecimento, sexo, morte e felicidade. A chave desse filme está na ligação sexual que se forma, gerando revolta em muitos personagens e possivelmente em parte do público. Ensina-me a Viver nos livra de todos os preconceitos culturais. |
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54) EDWARD MAÕS DE TESOURA (Edward Scissorhands, EUA, 1990) Direção: Tim Burton Um conto de fadas moderno, ambicioso, belamente concebido e que continua sendo o filme mais tocante e peculiar da carreira de Tim Burton .Um dos muitos sucessos alcançado por Burton que também filmou Batmam em 1989 e 1992. Johnny Deep, com sua interpretação de Edward( o homem que tem tesouras no lugar de mãos) é marcante e muito comovente. Johnny Deep tornou-se o intérprete preferido do diretor. |
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53) THELMA&LOUISE (EUA, 1992) Direção: Ridley Scott Este filme tocou fundo platéias de vários gêneros, raças e classes quando foi lançado. No papel das personagens do título Susan Sarandon e Geena Davis incorporam mulheres americanas comuns que lutam contra uma série de obstáculos e mostra uma visão mordaz sobre os sonhos, as verdades e as limitações do Estados Unidos. Foi indicado a vários Oscar ganhando o de Melhor Roteiro. |
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52) DRUGSTORE COWBOY ( EUA, 1989) Direção: Gus Van Sant A história de Bob (interpretado por Matt Dillon) e sua gangue de viciados que mantém seu vício roubando farmácias em Portland no estado de Oregon(EUA). Um relato ao mesmo tempo comovente e engraçado sobre o vício em drogas. Brigas com a polícia, com outros viciados, uma overdose e morte de um dos componentes da gangue, convergem o filme para um final que resgata a dignidade dos que saem do vício. O diretor Gus Van Sant, um dos expoentes do cinema independente, revela neste filme seu interesse pela juventude perdida e pelos “deslocados” na sociedade americana. O filme foi premiado no Festival de Berlim. |
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51) FAÇA A COISA CERTA (Do The Right Thing, EUA, 1989) Direção: Spike Lee Um marco histórico do cinema negro, este filme de protesto social de Spike Lee mostra de forma vibrante a época em que o hip-hop e rap concentravam as questões do racismo, do orgulho da raça, da luta de classes e as alegrias e atritos da vida urbana. Um filme nascido do hip hop quando o hip hop tinha algo a dizer. Um filme raivoso cheio de imagens de amor e companheirismo entre negros. Se tornou um dos filmes mais influentes na história do cinema negro, mostrando a preocupação do diretor com a identidade cultural. Foi indicado ao Oscar de melhor roteiro e à Palma de Ouro em Cannes. |
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