Por um Projeto Popular para o Brasil

 


O 4º Encontro dos Movimentos Sociais ser[a realziado entre os dias 27 e 30 de abril, em Belo Horizonte, com o tema “Por um Projeto Popular para o Brasil - em defesa dos nossos direitos e contra as privatizações”, com o objetico de trazer o debate sobre a necessidade de apresentarmos um projeto próprio de nossa classe, que atenda aos interesses do povo mineiro, e que se coloque contra todo tipo de privatização e precarização, característicos do projeto da elite.

O Encontro se desenvolverá sobre quatro grandes eixos temáticos: 1) as privatizações e o mundo do trabalho; 2) educação e juventude; 3) soberania popular e reformas estruturais; e 4) a vida das mulheres.


>> Clique
aqui e confira a programação.

O evento pretende ser um momento de valorização da cultura popular, com atividades culturais para todos os dias do evento. A arte, a mística e a convivência durante o Encontro são fundamentais para avançarmos em nossos desafios.

Debates sobre o atual cenário do Brasil, privatizações, educação, mulheres, entre outros temas.


O encerramento terá shows de Beth Carvalho e Aline Calixto

Aqueles que se identificam com a proposta e queiram se inserir na construção do evento serão muito bem vindos/as!

O contato com a organização do Encontro pode ser feito pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..


Nossas canais oficiais de comunicação são o Portal Minas Livre (www.minaslivre.com.br/encontromovimentossociais) e, no facebook, o perfil Quem Luta Educa (www.facebook.com/quemlutaeduca).


Fonte: Portal Minal Livre 

O Prêmio Nobel da Medicina Richard J. Roberts denuncia a forma como funcionam as grandes farmacêuticas dentro do sistema capitalista, preferindo os benefícios económicos à saúde, e detendo o progresso científico na cura de doenças, porque a cura não é tão rentável quanto a cronicidade



Richard J. Roberts: "É habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores". Foto de Wally Hartshorn


Há poucos dias, foi revelado que as grandes empresas farmacêuticas dos EUA gastam centenas de milhões de dólares por ano em pagamentos a médicos que promovam os seus medicamentos. Para complementar, reproduzimos esta entrevista com o Prémio Nobel Richard J. Roberts, que diz que os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada.

Isto, diz Roberts, faz também com que alguns medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados. E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que chega a assemelhar-se ao da máfia.


A investigação pode ser planeada?


Se eu fosse Ministro da Saúde ou o responsável pelas Ciência e Tecnologia, iria procurar pessoas entusiastas com projectos interessantes; dar-lhes-ia dinheiro para que não tivessem de fazer outra coisa que não fosse investigar e deixá-los-ia trabalhar dez anos para que nos pudessem surpreender.


Parece uma boa política


Acredita-se que, para ir muito longe, temos de apoiar a pesquisa básica, mas se quisermos resultados mais imediatos e lucrativos, devemos apostar na aplicada ...


E não é assim?


Muitas vezes as descobertas mais rentáveis foram feitas a partir de perguntas muito básicas. Assim nasceu a gigantesca e bilionária indústria de biotecnologia dos EUA, para a qual eu trabalho.


Como nasceu?


A biotecnologia surgiu quando pessoas apaixonadas começaram a perguntar-se se poderiam clonar genes e começaram a estudá-los e a tentar purificá-los.


Uma aventura


Sim, mas ninguém esperava ficar rico com essas questões. Foi difícil conseguir financiamento para investigar as respostas, até que Nixon lançou a guerra contra o cancro em 1971.


Foi cientificamente produtivo?


Permitiu, com uma enorme quantidade de fundos públicos, muita investigação, como a minha, que não trabalha directamente contra o cancro, mas que foi útil para compreender os mecanismos que permitem a vida.


O que descobriu?


Eu e o Phillip Allen Sharp fomos recompensados pela descoberta de introns no DNA eucariótico e o mecanismo de gen splicing (manipulação genética).


Para que serviu?


Essa descoberta ajudou a entender como funciona o DNA e, no entanto, tem apenas uma relação indirecta com o cancro.

Que modelo de investigação lhe parece mais eficaz, o norte-americano ou o europeu?


É óbvio que o dos EUA, em que o capital privado é activo, é muito mais eficiente. Tomemos por exemplo o progresso espectacular da indústria informática, em que o dinheiro privado financia a investigação básica e aplicada. Mas quanto à indústria de saúde... Eu tenho as minhas reservas.


Entendo


A investigação sobre a saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas.

Explique.


A indústria farmacêutica quer servir os mercados de capitais ...

Como qualquer outra indústria.


É que não é qualquer outra indústria: nós estamos a falar sobre a nossa saúde e as nossas vidas e as dos nossos filhos e as de milhões de seres humanos.


Mas se eles são rentáveis investigarão melhor.


Se só pensar em lucros, deixa de se preocupar com servir os seres humanos.


Por exemplo...


Eu verifiquei a forma como, em alguns casos, os investigadores dependentes de fundos privados descobriram medicamentos muito eficazes que teriam acabado completamente com uma doença ...


E por que pararam de investigar?


Porque as empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se deixa de tomar a medicação.


É uma acusação grave.


Mas é habitual que as farmacêuticas estejam interessadas em linhas de investigação não para curar, mas sim para tornar crónicas as doenças com medicamentos cronificadores muito mais rentáveis que os que curam de uma vez por todas. E não tem de fazer mais que seguir a análise financeira da indústria farmacêutica para comprovar o que eu digo.


Há dividendos que matam.


É por isso que lhe dizia que a saúde não pode ser um mercado nem pode ser vista apenas como um meio para ganhar dinheiro. E, por isso, acho que o modelo europeu misto de capitais públicos e privados dificulta esse tipo de abusos.


Um exemplo de tais abusos?


Deixou de se investigar antibióticos por serem demasiado eficazes e curarem completamente. Como não se têm desenvolvido novos antibióticos, os microorganismos infecciosos tornaram-se resistentes e hoje a tuberculose, que foi derrotada na minha infância, está a surgir novamente e, no ano passado, matou um milhão de pessoas.


Não fala sobre o Terceiro Mundo?


Esse é outro capítulo triste: quase não se investigam as doenças do Terceiro Mundo, porque os medicamentos que as combateriam não seriam rentáveis. Mas eu estou a falar sobre o nosso Primeiro Mundo: o medicamento que cura tudo não é rentável e, portanto, não é investigado.


Os políticos não intervêm?


Não tenho ilusões: no nosso sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram os eleitos.


Há de tudo.


Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos, e eu sei do que falo, dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as campanhas deles. O resto são palavras…


Fonte: Publicado originalmente no La Vanguardia. Retirado de Outra Política (Tradução de Ana Bárbara Pedrosa para o Esquerda.net)

Há alguns meses divulgamos aqui em nosso site, a informação de que em breve haveria concurso na Fundação Ezequiel Dias (Funed), como também na Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), na Escola de Saúde Pública (ESP-MG) e no Hemominas.


Essa informação foi adquirida na reunião da Mesa Estadual Permenente de Negociação do SUS, do qual SINFARMIG faz parte, juntamente com outras entidades que representam os trabalhadores da saúde do Estado.


Em nossa nota, destacamos que os certames estavam em fase de elaboração e que em breve seriam divulgados pelo Governo do Estado de Minas Gerais.


Em contato com o Sindicato, a assessoria de comunicação da Funed solicita que divulguemos as informações abaixo, esclarecendo como está o processo para a realização do concurso.


NOTA DA FUNED

 

O edital já foi elaborado, uma empresa já foi licitada pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão do Governo de Minas (Seplag) para realização das provas e gestão do concurso.


O edital aguarda aprovação para que seja dado seguimento aos trâmites normais de realização de qualquer concurso público: 


Aprovação do Edital;
Encaminhamento para a empresa gestora;
Publicação;
Avaliação e validação pelo Tribunal de Contas;
Abertura de prazo (30 dias) para inscrição;
Realização das provas;
Divulgação dos resultados;
Homologação do resultado;
Nomeação para exercício da função;


O edital prevê abertura de 151 vagas, distribuídas:


- 33 para Técnico de Saúde I
- 53 para Técnico de Saúde II
- 51 para Analista de Saúde I
- 10 para Analista de Saúde II
- 04 para Analista de Saúde IV 


Os salários da Funed, com referência em abril deste ano, variam de R$1.006,069 para Técnico de Saúde Nível II até R$3.963,91 para analista mestre. 


Fonte: Assessoria de Comunicação da Funed

A atividade promovida pela Federação Nacional dos Farmacêuticos, em parceria com o Conselho Federal de Farmácia e com a Feifar, mostrou que a luta da categoria pela redução da jornada de trabalho conta com o apoio de senadores e deputados e a sua aprovação está intrinsecamente ligada com a luta pela melhoria dos serviços de saúde.


Participaram do café da manhã os senadores Paulo Davim (PV-RN), Casildo Maldoner (PMDB-SC), Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) e Humberto Costa (PT-PE). Além dos senadores, prestigiaram o evento os deputados federais João Ananias (PCdoB-CE) e Alice Portugal (PCdoB-BA). Vários senadores e deputados enviaram representantes para o evento.


Também marcaram presença na atividade organizada pela Fenafar o presidente da CNTU, Murilo Pinheiro, e a presidente da Escola Nacional dos Farmacêuticos, Silvana Nair Leite. Representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa, da Executiva Nacional de Estudantes de Farmácia - Enefar, e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB também estiveram presentes.


Representantes dos Sindicatos dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará e Piauí – todos filiados à Fenafar – prestigiaram a atividade, demonstrando que a categoria está mobilizada para conquistar as 30 horas.


Para a presidente da Fenafar, Célia Chaves, o café da manhã foi um sucesso e aconteceu “em um momento estratégico da luta pela redução da jornada, já que finalmente foi agendada a realização da audiência pública conjunta das comissões do Senado para debater o projeto de lei 113/05”. Ela conclamou a todos os farmacêuticos que mantenham-se mobilizados, enviando a carta que a Fenafar preparou para os senadores pedindo apoio ao projeto das 30 horas.


São vários os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional de interesse da profissão farmacêutica, mas dentre eles se destaca como prioridade o PLC 113/05, que dispõe sobre a redução de jornada.


O presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter Jorge João, enfatizou ao abrir o café da manhã “que o CFF vive um novo momento político e que a nova gestão assumiu com o compromisso de buscar uma aproximação do Conselho com as entidades representativas da categoria. Não conseguimos vislumbrar qualquer luta que tenha como objetivo a valorização do profissional farmacêutico sem essa aproximação”. Walter Jorge afirmou que a luta pelas 30 horas é central para a categoria e é uma conquista que vai igualar o farmacêutico a outras profissões que já alcançaram esse direito.

 

 

Farmacêuticos e saúde tudo a ver


Célia Chaves resgatou a importância da luta para que a sociedade reconheça os farmacêuticos como uma categoria da saúde. “Por sermos profissionais de saúde, todas as lutas empreendidas pela Fenafar, há 30 anos, têm como centro a defesa da saúde pública de qualidade para a população brasileira. Dentro dessa luta maior, se inserem as lutas específicas da categoria que dizem respeito à nossa valorização profissional.

Essa valorização beneficia toda a população, que terá uma melhoria nos serviços prestados. Temos que ter condições adequadas de trabalho, um salário digno e uma jornada de trabalho condizente com a nossa profissão. Daí a importância da luta pelas 30 horas. Esta é uma bandeira que a Fenafar carrega há vários anos. Fomos vitoriosos quando o projeto foi aprovado na Câmara e agora precisamos lutar para que o projeto seja aprovado no Senado. A categoria clama por esse direito profissional”.


A presidente da Fenafar também reforçou a importância de se lutar por mais verbas para a Saúde. “Temos que garantir um investimento de 10% do orçamento federal para a saúde brasileira”, disse e conclamou a todos para se incorporarem ao movimento Saúde + 10.


Senadores ao lado das 30 horas


O senador Paulo Davim disse que o parlamento brasileiro está sensível à causa da saúde pública e reforçou a importância das várias categorias desenvolverem suas lutas sem perder o foco da defesa do SUS. Para ele, o Brasil precisa dar mais valor a todos os profissionais que atuam na saúde. “Eu defendo que o país tenha uma política de recursos humanos para os profissionais de saúde e que isso se materialize na criação de uma carreira de Estado para esses profissionais” afinal, concluiu, “quem cuida tem que ser cuidado com carinho e zêlo, por isso defendo as 30 horas para os farmacêuticos”.


O ex-ministro da Saúde e atual senador por Pernambuco, Humberto Costa, reafirmou o seu compromisso com a saúde pública e declarou sua admiração pelo trabalho dos farmacêuticos. “É uma categoria que tem desenvolvido um trabalho importante e dando sua contribuição para o debate nacional sobre temas ligados a questão dos medicamentos e da Assistência Farmacêutica.

Tem destacado o necessário controle da venda de medicamentos, visando o seu uso racional, e ao mesmo tempo desenvolvendo políticas para ampliar o acesso da população ao medicamento”. Ao destacar o papel do farmacêutico disse: “Em saúde não há um profissional mais ou menos importante que outro, porque o trabalho com a saúde deve ser desenvolvido em equipes multidisciplinares”.


Costa defendeu a necessidade de uma remuneração digna para os profissionais e disse que, apesar de ter ressalvas quanto ao debate da redução da jornada, é justo que os farmacêuticos pleiteiem e conquistem as 30 horas, uma vez que outras categorias de saúde já têm esse direito garantido.


A farmacêutica e senadora pelo estado do Amazonas, Vanessa Grazziottin, disse estar orgulhosa por ver num mesmo ato todas as entidades representativas da categoria farmacêutica. “Somos uma categoria única que precisa caminhar muito para alcançar nossas conquistas e reconhecimento. Mas a principal conquista é ver aqui a unidade que vai fortalecer a nossa luta”.


Vanessa falou da importância da redução da jornada e do seu compromisso com essa luta. “Aprovamos a realização da audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos em conjunto com a Comissão de Assuntos Sociais para discutir esse projeto. Temos que reduzir a jornada garantindo uma boa remuneração aos profissionais. Para isso, precisamos nos somar às outras categorias que estão desenvolvendo essa luta.


A senadora registrou a necessidade de se garantir a aprovação de outros projetos de grande importância para a categoria e para a saúde do Brasil, como o substitutivo ao PL 4385/94, que dispõe sobre a farmácia como estabelecimento de saúde.


O deputado cearense João Ananias manifestou seu apoio à redução da jornada “é uma luta legítima ter uma jornada que permita um atendimento de qualidade para a população”.

 


Farmacêuticos e autoridades no evento  


Medicamento atrás do balcão


A deputada federal Alice Portugal, que também é farmacêutica, fez uma saudação às entidades que estão encampando uma luta importante para a valorização profissional da categoria. Além de apoiar a redução da jornada, Alice tem sido uma deputada atuante em todos os temas de interesse dos farmacêuticos.


Ela comentou a importância estratégica da votação que derrotou a tentativa de liberar a venda de medicamentos em supermercados e lojas de conveniência. A rejeição do relatório do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) à Medida Provisória 549/11 foi um passo importante na luta para que se evite a mercantilização do medicamento. 


“A justificativa de que a concentração de mercado nas farmácias e de que o paciente tem que ter o direito de escolha vai na contramão do direito da população. O medicamento atrás do balcão ainda é escolha do paciente, mas com a orientação do farmacêutico", disse Alice Portugal nesta manhã.

Para a parlamentar que é presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica o congresso precisa avançar no debate sobre o medicamento e aprovar uma lei neste sentido. Em sua avaliação já há amadurecimento dos deputados para enfrentar e aprovar um projeto que discipline a venda dos medicamentos a luz de uma visão que respeite o uso racional do medicamento e o papel do farmacêutico na sua dispensação.

Fonte: Fenafar

Mais Artigos...