A paralisação foi suspensa na quinta-feira (12) após o governo assinar um termo de compromisso com os pontos reivindicados pelos trabalhadores


Após quase um mês em greve, os servidores da saúde do estado de Minas Gerais suspenderam na quinta-feira (12) a paralisação, após o governo inserir os pontos reivindicados pelos trabalhadores e assinar um termo de acordo.

Apesar da ameaça anterior, os dias parados serão abonados e foram conquistados o pagamento e/ou reajuste de direitos como o adicional noturno, adicional de urgência e emergência e de insalubridade, garantidos constitucionalmente, mas que estavam irregulares.

Foi negociado ainda o pagamento de gratificação complementar aos servidores da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), de 40% do salário-base em agosto de 2012 e 50% em agosto de 2013.


Os trabalhadores da Escola de Saúde Pública (ESP), das superintendências, gerências e do órgão central da Secretaria Estadual de Saúde (SES) continuam em estado de greve, pois ainda não tiveram seus pontos de pauta específicos negociados.


“Lutamos por itens que já haviam sido negociados com o governo no ano passado, mas ele não cumpriu. A partir de outubro, daremos continuidade ao movimento, dessa vez sobre o reajuste salarial”, afirma Pedro Vitorino dos Reis, diretor do Sindicato Único da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde). Em texto apresentado pelo governo e questionado pelos grevistas era proibida qualquer manifestação da categoria até 2014. Considerada “cláusula da mordaça”, foi retirada após pressão.


Deflagrada no dia 14 de junho, a greve contou com apoio de diversos sindicatos, movimentos e parlamentares do bloco Minas Sem Censura. “Todo o conjunto de sindicatos que atua em Minas Gerais nos apoiou firmemente, movimentos sociais como os sem-terra, atingidos por barragem, lideranças de associações comunitárias. Tenho 35 anos de sindicalismo e nunca vi um movimento tão forte”, afirma Pedro.


Segundo o deputado estadual Rogério Correia (PT), a pauta de votação da Assembleia Legislativa ficou obstruída em solidariedade à greve e cobrando a revisão da demissão de quatro trabalhadores concursados demitidos pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Para ele, essa manifestação, precedida pela greve dos professores – que durou 112 dias no passado – e da segurança pública, que se estendeu por 70 dias - é reflexo da política neoliberal do PSDB no estado, que privilegia obras faraônicas, pagamento de empréstimos e juros, jogando o ônus sobre o trabalhador, na forma de arrocho salarial.


“No caso da educação e da saúde o absurdo é tão grande que o governo fez um Termo de Ajustamento de Gestão, o TAG, onde o Tribunal de Contas concilia com o governo o descumprimento da Constituição. Desde 2003, a saúde e a educação não têm os 12 e 25% do orçamento previstos na Constituição, e não terá até 2014, de acordo com esse acordo”, denuncia o deputado.

“O prejuízo é enorme: de 2003 a 2010 foram mais de R$ 15 bilhões e esse ano será de R$ 1,4 bilhão nas duas áreas. Esse é o tamanho do prejuízo na educação e na saúde, por isso as greves”, complementa.


Elizete Rodrigues Guimarães, auxiliar de enfermagem em Belo Horizonte, explica que participa da greve porque não concorda com as deliberações tomadas para os servidores. “A saúde está um caos, os trabalhadores não têm condições de trabalho adequadas para exercerem sua profissão com qualidade”, aponta. (Com informações do Sind-Saúde MG)


Fonte: Brasil de Fato

O senador Jorge Viana (PT-AC) quer fixar o limite mínimo de fornecimento de medicamentos de uso contínuo pelas empresas produtoras e obrigá-las a advertir os consumidores sobre eventual encerramento da produção. Para isso, apresentou projeto (PLS 241/2012) alterando a lei que dispõe sobre a vigilância sanitária.


A proposta conceitua medicamento de uso contínuo como aquele empregado no tratamento de doenças crônicas e degenerativas, utilizado continuamente. Também determina o fornecimento da quantidade do produto igual ou superior à sua média de vendas dos três meses anteriores, respeitada a demanda de cada município.


O projeto de lei ainda obriga as empresas produtoras a informar o consumidor sobre o encerramento da produção com antecedência de seis meses, por mensagem veiculada na embalagem do medicamento.


Graves consequências


Em sua justificação, Jorge Viana critica o descaso com a saúde e a angústia dos brasileiros para conseguir tratamento adequado, “principalmente quando se trata de pessoas acometidas por doenças crônico-degenerativas, dependentes do uso continuado de medicamentos”.  Ele acrescenta que a descontinuidade no uso dos remédios pode resultar em graves consequências à saúde. Jorge Viana relata que a alegação para a falta de estoque nas farmácias é o déficit de fornecimento pelos laboratórios produtores.


"O desabastecimento das farmácias é uma constante e tem gerado inúmeras ações judiciais por todo o País, para a garantia do acesso a medicamentos. Como o direito à assistência farmacêutica está consignado em nosso ordenamento jurídico, em regra os pacientes conseguem a prestação jurisdicional pretendida" afirma.


Segundo Jorge Viana, são frequentes os relatos de clientes de drogarias que, munidos de receita médica, não conseguem encontrar a medicação prescrita. Essas pessoas, observa o senador, são forçadas a fazer “verdadeira peregrinação” por inúmeros estabelecimentos, às vezes em cidades vizinhas, até finalmente conseguir adquirir o produto.


Tramitação


O projeto aguarda a designação do relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Quando estiver pronto para inclusão na pauta da CAS, será votado em caráter terminativo, ou seja, se aprovado, seguirá direto para a Câmara dos Deputados, caso não venha a ser apresentado recurso para apreciação no Plenário do Senado.


Fonte: Hoje em Dia

Brasil diz que pesquisas têm lacunas e que não mudará sua política


Os Estados Unidos aprovaram a primeira droga que mostrou capacidade de reduzir os riscos de infecção pelo HIV, um marco nos 30 anos de batalhas contra o vírus que causa a Aids. A Administração de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) autorizou ontem o uso diário do remédio Truvada, da farmacêutica Gilead Sciences, como medida preventiva para pessoas com alto risco de contrair o HIV. A droga seria prescrita, junta a testes regulares de HIV e métodos para a prática de sexo seguro, a pessoas cujos parceiros são infectados pelo vírus.


O FDA informou, por e-mail, que está aprovando o novo uso do Truvada baseado em estudos com homens que fazem sexo com outros homens; com mulheres transexuais que fazem sexo com homens que estão em grande risco de serem infectados pelo HIV através do sexo; e com casais heterossexuais em que um parceiro tem HIV e o outro não.


A Gilead Sciences Inc. vem comercializando o Truvada desde 2004 para o tratamento de pessoas com HIV - no Brasil, há cinco anos. Mas estudos da farmacêutica, segundo a FDA, mostraram que a droga reduz entre 42% e 75% os risco de infecção.

"Nós já temos no arsenal brasileiro esses dois medicamentos (tenofovir e emtricitabine) que formam o Truvada", disse o coordenador da Área de Cuidado e Qualidade de Vida do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Brasil, Ronaldo Hallal. Ele afirmou que a política brasileira de tratamento da Aids não será alterada.


Para o brasileiro, os estudos com o Truvada têm várias lacunas que necessitam ser respondidas. "O estudo feito entre mulheres foi interrompido na metade porque não houve proteção, portanto, esse registro não modifica a política brasileira", disse por telefone.


Hallal destacou a importância do investimento em pesquisas e do desenvolvimento de novas estratégias para a prevenção do HIV. "Mas somente o fato de esse medicamento ter sido registrado não modifica a estratégia". Segundo ele, a prática do sexo seguro com preservativo e a ampliação do acesso ao diagnóstico precoce têm reduzido em 96% o risco de transmissão.


"Além dessa estratégia, existe a profilaxia pós-exposição sexual, nos casos de acidente com ruptura do preservativo. Nesses casos, os serviços de atendimento HIV/Aids no Brasil podem avaliar e indicar o uso da profilaxia durante quatro semanas para prevenção", afirmou.


Hallal disse que o Brasil não trabalha com a noção de grupos de risco. "Apenas (trabalhamos com a noção de) que algumas populações são mais vulneráveis", explicou. (Com Andréa Juste e agências)

País oferece coquetel gratuitamente há 17 anos


O Brasil é um dos poucos países que, desde 1995, oferece gratuitamente medicamentos para pacientes infectados com o HIV.


A medida do Programa de Prevenção, Controle e Assistência aos Portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis e da Aids ajuda a aumentar a expectativa de vida dos portadores do vírus. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 90 mil são beneficiados.


Além disso, o governo incentiva a promoção de práticas seguras de prevenção e controle das DSTs, com treinamento e campanhas educativas pelo país. O programa nacional distribui mais de 200 milhões de preservativos gratuitamente para a prevenção de doenças.


Informações sobre diagnóstico, tratamento e outras questões sobre DSTs e Aids estão no site www.aids.gov.br.


Fonte: O Tempo

A partir desta terça-feira (17), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cobrará dos contribuintes individuais, facultativos e empregadores domésticos multa diária de 0,33% referente ao atraso do pagamento da contribuição da Previdência Social. O prazo para o pagamento era até a segunda-feira (16).


Para os trabalhadores que ganham até um salário mínimo (R$ 622), a alíquota é 20%, o que equivale a R$ 124,40. Desse valor, 12% são pagos pelo empregador e 8% pelo trabalhador. No caso dos contribuintes individuais que optaram pelo plano simplificado de contribuição, a porcentagem recolhida é 11% sobre o salário mínimo, o que equivale a R$ 68,42.


Os trabalhadores que ganham acima de um salário mínimo, a contribuição varia entre 8%, para quem recebe até R$ 1.174,86, e 11%, para os que ganham de R$ 1.958,11 a R$ 3.916,20. Em todas as faixas de contribuição, a alíquota do empregador é 12%.


O prazo para o recolhimento das contribuições do empreendedor individual vai até o dia 20 deste mês, enquanto o prazo do recolhimento das donas de casa de famílias de baixa renda venceu ontem (16). A alíquota de contribuição, nos dois casos, é 5% sobre o salário mínimo, equivalente a R$ 31,10.


Fonte: Hoje em Dia

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