27/04: Câmara dos deputados ataca novamente direitos de brasileiros e aprova Reforma Trabalhista

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"Quando fizermos nossa marcha, vocês precisam estar nela. Se isso significa deixar o trabalho, se isso significa deixar a escola: estejam lá! Cuide de seu irmão! Você talvez não esteja em greve. Mas, ou ascendemos juntos ou caímos juntos”.

(Martin Luther King)

 

 

É o fim de uma era inteira de conquistas e avanços fundamentais para a organização do mundo do trabalho e para cada profissional brasileiro. País perde a CLT, trabalhadores voltam a atuar num ambiente sem direitos, sem recursos e sem instâncias onde recorrer. Quem ainda não via tantos problemas assim nas relações de trabalho após a recente aprovação da Terceirização recebe agora mais uma surpresa do pacote tão cuidadosamente preparado pelo atual governo com apoio dos parlamentares, que embora eleitos pelo povo legislam sem pudor em causa própria. 

Foi nesse clima de urgência, após um dia inteiro de discursos vazios e risos histéricos que na calada da noite, mais uma vez, os deputados eleitos para representar os brasileiros aprovam o fim de mais de um século de conquistas. O texto-base da reforma proposto pelo Michel Temer foi aprovado por 296 parlamentares contra os 177 que foram contrários aos absurdos que estão previstos.

A Consolidação das Leis Trabalhistas como quase tudo que passa dos 70 no Brasil infelizmente perde o seu lugar, perde o poder, o status. A CLT acaba de ser rasgada e abandonada numa esquina qualquer do país ampliando a força dos empresários no processo de negociação com os trabalhadores. Não houve  protesto da oposição, não houve apelo das ruas capaz de parar o desejo de matar este instrumento tão importante para as relações de trabalho.

Aprovar perdas tão significativas para milhões de trabalhadores dois dias antes de uma anunciada Greve Geral é um deboche sem precedentes para a sociedade brasileira. A história mostra, porém, que nem sempre essa sequência de ganhos dos donos do poder é sinal de vitória de uma batalha inteira. Muitos trabalhadores brasileiros iludidos e confundidos por informações pasteurizadas estão por entender muitas coisas e nesse processo de conscientização vão tomar posse daquilo que os move e não vão parar de lutar. Amanhã, 28 de abril, é o começo de um novo tempo em que unidos todos os cidadãos irão lutar de modo incansável pela recuperação de um Brasil que é de todos. Não há prazo para reconquista de direitos adquiridos, não há limite para a sabedoria popular que após dores tão profundas e injustiças tão requintadas certamente saberão decidir sabiamente quem os representa.

Para evitar possíveis e futuros esquecimentos vamos compartilhar aqui o voto dos deputados mineiros que açoitaram os trabalhadores na tentativa de voltar mais de sete décadas o desenvolvimento do nosso país.  

 

Minas Gerais (MG)

 

Aelton Freitas PR Sim

Bilac Pinto PR Sim

Brunny PR Sim

Caio Narcio PSDB Sim

Carlos Melles DEM Sim

Delegado Edson Moreira PR Sim

Domingos Sávio PSDB Sim

Eduardo Barbosa PSDB Sim

Fábio Ramalho PMDB Sim

Franklin Lima PP Sim

Jaime Martins PSD Sim

Leonardo Quintão PMDB Sim

Luis Tibé PTdoB Sim

Luiz Fernando Faria PP Sim

Luzia Ferreira PPS Sim

Marcelo Aro PHS Sim

Marcos Montes PSD Sim

Marcus Pestana PSDB Sim

Mauro Lopes PMDB Sim

Misael Varella DEM Sim

Newton Cardoso Jr PMDB Sim

Paulo Abi-Ackel PSDB Sim

Raquel Muniz PSD Sim

Renzo Braz PP Sim

Rodrigo de Castro PSDB Sim

Rodrigo Pacheco PMDB Sim

Saraiva Felipe PMDB Sim

Tenente Lúcio PSB Sim

Toninho Pinheiro PP Sim

 

 

Fonte: Artigo – Diretoria do Sinfarmig

Publicado em 27/04/17