26/04: Sinfarmig adere ao movimento nacional e convoca farmacêuticos à mobilização contra perda de direitos

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A próxima sexta-feira, 28/04, é dia de protesto no país. A data promete ser um marco na história das manifestações do Brasil, principalmente porque  vários setores da sociedade e diferentes segmentos sociais irão se unir pela defesa dos seus direitos. A greve geral está sendo puxada principalmente pelos trabalhadores que amargam um período de incertezas, ameaças e perdas constantes de conquistas. 

A insatisfação tomou conta dos brasileiros desde que o governo Temer iniciou um processo de desmonte implantando reformas que mudarão de modo devastador o destino dos trabalhadores. 

O projeto da Reforma da Previdência aumenta a idade mínima para a aposentadoria e ataca os direitos, principalmente, das mulheres. Com a Reforma, homens e mulheres passam a aposentar com no mínimo 65 anos. 

O tempo de contribuição será maior já que passa a ser necessário comprovar  pelo menos 25 anos, ao invés dos atuais 15 anos.

Para ter direito ao benefício integral os trabalhadores passam a ter de comprovar que contribuíram por 49 anos ininterruptos.

A reforma também ataca às aposentadorias especiais, particularmente de quem trabalha na área rural, em atividades insalubres, em condições especiais ou das pessoas com deficiências.

A proposta também reduz 50% no valor das pensões por morte e acrescenta 10% por dependente com limite de cinco filhos beneficiados. Fica vetado o acúmulo de benefícios, por exemplo, aposentadoria mais pensão por morte. 

Estas regras já começariam a valer para homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos. Quem estiver na ativa entra numa regra de transição sendo permitido aposentar nas regras atuais, desde que contribua com 50% a mais sobre o tempo que faltava para aposentar.

A alegação do governo é que a Previdência é deficitária, entretanto, os cálculos feitos por especialistas mostram superávit de mais de R$11 bilhões de reais. 

Com a Reforma trabalhista cresce a ameaça aos direitos históricos conquistados há décadas pela sociedade e estão garantidos pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). 

As mudanças propostas ameaçam as férias com período de 30 dias, a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 semanais, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com risco de redução no horário de refeição.

Aumentam as chances de sucateamento das relações com o contrato de trabalho temporário passando a ter vigência de quatro meses e podendo ser prorrogado por igual período.

O PL 4302 aprovado pela Câmara dos Deputados que legalizou a terceirização das atividades-fim leva a classe trabalhadora de volta a uma situação de exploração. A Lei precariza as relações de trabalho impondo salários mais baixos, jornada maior, reduzindo direitos trabalhistas e péssimas condições de trabalho.

Contra todas estas propostas que desconstroem e tentam reduzir a importância dos trabalhadores na sociedade é que o Sinfarmig paralisa suas atividades na sede e convoca os farmacêuticos a fortalecer a mobilização. A concentração será às 9 horas, na Praça da Estação, para quem quiser participar de um protesto na rua. “Queremos que a categoria demonstre sua insatisfação e escolha a maneira que deseja manifestar. Nas vias públicas, nas redes sociais, silencioso ou em alto e bom som, esse será o dia D para manifestar contra tantos absurdos que tentam enganar e confundir o trabalhador brasileiro. A greve geral é um instrumento importante para dar eco à voz que clama pelo fim dos desmandos e da exploração da nossa força de trabalho”, ressalta a diretora do Sinfarmig, Júnia Lélis. Para ela, só a adesão dos trabalhadores é que poderá pressionar a mudança contra as graves decisões desse atual governo.  

A greve geral irá paralisar praticamente todos os serviços públicos. Até o Conselho Regional de Farmácia anunciou que não terá expediente na sexta-feira, 28/04. 

Fonte: Assessoria de Comunicação Sinfarmig

Publicada em 26/04/17