“Se não houver uma adesão e uma mobilização muito forte dos farmacêuticos hospitalares não conseguiremos fechar uma campanha salarial este ano”. Esta é a conclusão da diretora do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig, Júnia Lélis, que tenta negociar desde o mês de maio um reajuste mais justo com o Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Minas Gerais – Sindhomg na Campanha Salarial de 2016. Numa clara demonstração de descaso, a entidade patronal emperrou o processo de negociação e a diretoria do Sinfarmig decidiu, então, acionar o Ministério Público do Trabalho – MPT para mediar o diálogo e buscar um acordo mais digno para os profissionais. 

 

O pedido de mediação é uma forma de manter e, com isso avançar, nas negociações coletivas com os patrões além de aprovar um novo instrumento normativo de trabalho para os farmacêuticos que atuam no setor. A solicitação foi elaborada pelo Sinfarmig que espera desde a data-base da categoria, 1º de junho, por uma proposta decente do Sindhomg.

 

O Sinfarmig publicou o edital e realizou uma Assembleia Geral no dia 17 de maio para construir a pauta de reivindicações com cláusulas consistentes para atender os anseios dos farmacêuticos hospitalares. Entre as mais importantes a criação de um Piso Salarial no valor de R$4.000,00 para uma jornada de 40 horas. No dia 31 de maio foi realizada a primeira reunião na qual a entidade patronal surpreendeu a todos oferecendo pela primeira vez na história das campanhas o 0% de reajuste. 

 

Na segunda reunião, que aconteceu dia 27/07, a proposta do Sindhomg foi de reajuste 5% com pagamento retroativo a data-base, sem concessão do piso salarial pleiteado. O Sinfarmig entendeu como uma afronta e a categoria recusou a oferta já que os índices oficiais da inflação apontavam 9,49% referente ao período de junho de 2015 a maio de 2016. 

  

A fixação do piso é a única possibilidade de garantir uma remuneração mínima para todos os profissionais. Porém, a entidade patronal nega a reivindicação dos farmacêuticos mineiros. Portanto, os profissionais agora aguardam o  MPT marcar uma reunião entre as partes para dar continuidade a negociação da pauta. 

 

O Sinfarmig reitera sua luta em prol da categoria farmacêutica em seus diversos segmentos e convoca todos os farmacêuticos hospitalares a participar da mobilização para que os esforços possam conjuntamente resultar no avanço das conquistas.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Sinfarmig

Publicado em 04/10/16

 

 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulga na próxima semana um alerta sobre a confirmação da presença no Brasil de bactérias portadoras do gene mcr-1, capaz de torná-las imunes a Colistina, uma classe de antibióticos considerada como a última arma para combater  bactérias multirresistentes. O comunicado de risco será encaminhado para todos os hospitais com leitos de unidade de terapia intensiva.

No documento, a Anvisa reforça a necessidade de equipes de saúde ficarem atentas sobre o risco, lista quais medidas necessárias para diagnóstico e quais providências devem ser adotadas no caso de confirmação da presença de bactérias portadoras desse gene.

Foram confirmados no Brasil até o momento três pacientes contaminados pela bactéria E. coli portadora da mutação. Dois casos em São Paulo e um, no Rio Grande do Norte. Há ainda outros três casos em análise, no Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. O gene foi encontrado em cepas da bactéria Escherichia  coli.

“Estamos preocupados. Uma das últimas armas que temos para combater infecções multirresistentes pode se tornar também inútil”, afirmou a gerente da área de Vigilância e Monitoramento da Anvisa, Magda Machado de Miranda. “Ficaríamos sem opção terapêutica”, completou. Magda aponta ainda outro risco envolvendo o gene mcr-1. “Seu poder de transmissão é muito alto. Há possibilidade de ele se transferir de uma espécie bacteriana para outra”, contou.

O coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, Marcos Boulos, afirmou que dos casos confirmados no Estado, um ocorreu no Hospital das Clínicas, em março. “O achado é muito importante. É preciso agora reforçar o alerta para que profissionais e instituições redobrem os cuidados para identificação de controle de casos suspeitos”, completou.

O gene mcr-1 foi descoberto na China. Países da Europa, África e Ásia já confirmaram a presença de bactérias com essa mutação. “O gene não significa, por si só, que a bactéria será multirresistente”, explicou o gerente de tecnologia e serviços de saúde, Diogo Soares. Ele compara o gene mcr-1 a uma armadura, que pode ser usada para proteger a bactéria do ataque de antibióticos. “A ferramenta está disponível. Basta agora que a bactéria faça uso da nova proteção.” 

A Colistina é uma classe de antibióticos que, por ser muito tóxica, deixou de ser receitada para pacientes. Justamente por não ser indicada, ela se preservou de um fenômeno que ocorreu com outras classes de antibióticos, a redução da eficácia. Usadas de maneira incorreta ou indiscriminada, outras classes de antibiótico foram aos poucos dando “pistas” para que bactérias conhecessem seus mecanismos de ação e desenvolvessem mecanismos de proteção. Foram se tornando resistentes. 

Diante do fenômeno, a Colistina foi resgatada e voltou a ser usada, há pouco mais de uma década. O fato de mecanismos de resistência à Colistina terem surgido tão pouco tempo depois do seu retorno aos hospitais é atribuído a seu uso veterinário. Ao longo desses últimos anos, essa classe de antibióticos foi usada  como promotora de crescimento de animais. “Talvez o gene resistente tenha surgido em outros ambientes, sem ser o hospitalar”, afirmou Soares.

A descoberta do gene que confere resistência à Colistina vai acelerar as discussões sobre o uso dessa classe de medicamentos na agricultura brasileira. “Em alguns países, tal prática já foi interrompida”, conta Soares.

No Ministério da Agricultura, um grupo de estudos neste momento reavalia a permissão dada para o uso de colistina como promotor de crescimento. Até o momento, no entanto, não há nenhuma decisão sobre o assunto.

 

Fonte: Jornal Estadão

Publicada em 03/10/16

 

 

 

 

Na primeira semana de votações após o fim das eleições, deputados votarão projetos polêmicos, entre eles a PEC 241, que limita por 20 anos os gastos públicos da União, inclusive em áreas essenciais como saúde e educação, além de desestruturar o Estado brasileiro e acabar com a proteção social; e o projeto que altera o regime de partilha do pré-sal. Atos contra a aprovação destes projetos acontecem em Brasília. Nesta segunda, Petroleiros se mobilizam contra a entrega do pré-sal e na quarta-feira (5) partidos da oposição realizam manifestação contra a PEC da Maldade (241).

Com sessões extraordinárias convocadas para esta segunda-feira (3), o plenário da Câmara dos Deputados pode votar o projeto do regime de partilha do pré-sal. A matéria de autoria do então senador e atual ministro das Relações Exteriores, José Serra já passou pelo Senado Federal.

O PL 4.567/16 é o único item da pauta nesta segunda. A lei atual define que esse regime prevê a participação obrigatória da Petrobras como operadora em todos os blocos e com 30% do consórcio. O operador é o responsável pela condução da execução direta ou indireta de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações.

Congelamento de gasto público

A comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 241/2016), dispondo sobre o congelamento do gasto público por 20 anos, volta a se reunir essa semana. Será a primeira tentativa de votação da proposta no colegiado.

A proposta está entre as prioridades do governo, que exigiu da base aliada um acordo para que matérias do ajuste fiscal, em especial a proposta que limita os gastos públicos por 20 anos, sejam apreciadas com agilidade pelo Congresso.

O relator da PEC 241 na comissão especial, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), disse na semana passada que o objetivo é finalizar a votação da PEC no plenário da Câmara até a última semana de outubro, para que o Senado a aprecie até o fim de novembro.

Fonte: Fenafar

Publicado em 03/10/2016

 

 

 

A sibutramina Trim Extreme 90 cápsulas está proibida em todo o território nacional. Dada a divulgação dos produtos sem registro da empresa Newton-Everett Biotech, a Anvisa determinou, na última quinta-feira (29/09), a apreensão de todas as unidades do produto. 

 

A empresa Newton-Everett Biotech, além de produzir sibutramina sem cadastro, não possui autorização de funcionamento da Anvisa. Trata-se, portanto, de um caso de fabricação e comércio clandestino. 

 

A resolução RE 2.615/16, publicada no Diário Oficial da União (DOU), determina a proibição da fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e uso do produto, assim como a apreensão e inutilização das unidades da sibutramina Trim Extreme 90 cápsulas.

 

Fonte: Anvisa

Publicado em 03/10/16

 

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