Com a sala lotada por integrantes de entidades que representam médicos e outras categorias da saúde, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (8) o projeto do Ato Médico, que trata do exercício da Medicina.

Os senadores acolheram relatório de Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que modificou o substitutivo Substitutivo é quando o relator de determinada proposta introduz mudanças a ponto de alterá-la integralmente, o Regimento Interno do Senado chama este novo texto de substitutivo. Quando é aprovado, o substitutivo precisa passar por turno suplementar, isto é, uma nova votação. aprovado pela Câmara. O texto precisa ainda passar pelas comissões de Educação (CE) e de Assuntos Sociais (CAS) antes de ir a Plenário.

Os dez anos de tramitação do projeto no Congresso revelam a dimensão das disputas em torno da matéria (SCD 268/2002), que determina atividades privativas dos médicos. De um lado, o Ato Médico põe fim a uma antiga reivindicação da categoria, com a delimitação legal de seu campo de atuação. De outro, os demais profissionais da saúde temiam o risco de que o texto, se transformado em lei, esvaziasse suas funções e resultasse na reserva de mercado para os médicos.

Apresentado originalmente pelo então senador Benício Sampaio, em 2002, o projeto já saiu do Senado, em 2006, na forma de substitutivo da relatora na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). Enviado à Câmara, foi novamente modificado e voltou ao Senado como novo substitutivo, em outubro de 2009, quando passou então a tramitar na CCJ.

Para chegar à aprovação na comissão, Valadares rejeitou algumas modificações polêmicas feitas pelos deputados e resgatou medidas contidas no substitutivo de Lúcia Vânia. O relator, por exemplo, manteve como privativa dos médicos a formulação de diagnóstico nosológico, para determinar a doença, mas retirou essa exclusividade para diagnósticos funcional, psicológico e nutricional, além de avaliação comportamental, sensorial, de capacidade mental e cognitiva.

 


Parlamentares discutem projeto no Senado

Foto: José Cruz | Agência Senado 


Biópsias e citologia

Valadares também rejeitou mudança da Câmara que limitava aos médicos a emissão dos diagnósticos de anatomia patológica e de citopatologia, que visam identificar doenças pelo estudo de parte de órgão ou tecido. Para os biomédicos e farmacêuticos, a emenda dos deputados restringiria sua liberdade de atuação. O relator retirou o dispositivo, mas manteve como tarefa restrita aos médicos a emissão de laudos desse tipo de diagnósticos.

Respiração artificial

Algumas emendas da Câmara foram mantidas por Valadares, como a que trata de assistência ventilatória mecânica - intubação do paciente acoplada a equipamento que bombeia ar aos pulmões. O texto aprovado em 2006 no Senado previa como exclusiva dos médicos a definição da estratégia ventilatória inicial e a supervisão do programa de interrupção da ventilação. A norma foi questionada por fisioterapeutas, que também atendem pacientes com dificuldade respiratória.

Conforme emenda da Câmara acolhida por Valadares, caberá exclusivamente aos médicos a coordenação da estratégia ventilatória inicial e do programa de interrupção da ventilação mecânica.

Procedimentos invasivos

O projeto prevê como atribuição exclusiva de médicos a indicação e a execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, que incluem, entre outros, invasão da pele atingindo o tecido subcutâneo para injeção. A norma motivou reação de acupunturistas e tatuadores, que temem restrição por conta da interpretação de conceito de procedimento invasivo.

Valadares manteve a norma, mas retirou da lista de atribuições exclusivas dos médicos a aplicação de injeções subcutâneas, intradérmica, intramusculares e intravenosas, apesar de a recomendação de medicamentos a serem aplicados por injeção continuar sendo uma prerrogativa médica.

Direção e chefia

Outro aspecto polêmico se refere à determinação de que apenas médicos podem ocupar cargos de direção e chefia de serviços médicos, ficando aberta a outros profissionais apenas a direção administrativa dos serviços. As demais categorias argumentam que o atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, não havendo justificativa para que apenas uma categoria tenha a prerrogativa de direção e chefia na unidade de saúde.

Discussão

Na reunião desta manhã, Valadares rejeitou emenda do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), propondo a fusão de parágrafo que exclui o exercício da Odontologia das regras previstas no Ato Médico com parágrafo que resguarda a competência de outras 12 categorias da saúde. Luiz Henrique anunciou que reapresentará a sugestão na Comissão de Educação.
Também Marta Suplicy (PT-SP) adiantou que pretende propor modificações quando da tramitação do projeto na CAS. Mesmo divergindo pontualmente do relator, Luiz Henrique e Marta votaram pela aprovação do projeto.

Para Lúcia Vânia, o texto apresentado por Valadares não é o ideal, mas o possível. Ela lembrou as inúmeras audiências públicas realizadas na primeira fase de tramitação no Senado, de 2002 a 2006, em busca de acordo entre as categorias.

O empenho dos relatores foi destacado por diversos senadores, como Vital do Rêgo (PMDB-PB), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Romero Jucá (PMDB-RR), Waldemir Moka (PMDB-MS), Inácio Arruda (PCdoB-CE), Jorge Viana (PT-AC), Paulo Davim (PV-RN) e Wellington Dias (PT-PI).

Mesmo elogiando a dedicação de Lúcia Vânia e Valadares, Aloysio Nunes (PSDB-SP) se colocou na contracorrente e votou contra o projeto. Para o senador, a tendência de regulamentação de diversas profissões é movida pelo corporativismo e leva à divisão da vida social em compartimentos estanques.

A preocupação de Aloysio Nunes foi apoiada por Aécio Neves (PSDB-MG), mas o senador mineiro votou favoravelmente, seguindo argumentação de Pedro Taques (PDT-MT), pela necessidade de regulamentação da profissão de médico, como forma de proteção da vida.

O projeto também recebeu um segundo voto contrário, do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Ele lembrou sua posição contra a regulamentação de qualquer profissão, por considerar que isso mutila a CLT [Consolidação das Leis Trabalhistas]. Para ele, uma futura lei do Ato Médico resultará em prejuízo para os médicos.



>> Pontos polêmicos do Ato Médico


Fonte: Agência Senaddo

>> CCJ do Senado aprova projeto do Ato Médico

>> Citopatologia é de direito de Farmacêuticos

Até 9 de abril estão abertas as inscrições para concurso público de provas e títulos para professor adjunto que deverá atuar no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanobiofarmacêutica (INCT Nanobiofar), vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.


Há uma vaga, com remuneração de R$ 7.333,67 em regime de dedicação exclusiva, na área de Ciências Fisiológicas, com ênfase em nanobiofarmacêutica, genômica funcional e estrutural, ou ensaios pré-clínicos, principalmente na área cardiovascular.

O candidato deve ter doutorado em ciências fisiológicas ou áreas afins e demonstrar habilidades e competências que atendam às demandas de ensino, pesquisa e extensão do Departamento de Fisiologia e Biofísica e do INCT Nanobiofar.


Para se inscrever, os interessados precisam comparecer à Secretaria Geral do ICB – Bloco M, sala 308, no campus Pampulha. O atendimento vai das 8h às 11h30 e das 14h às 16h30, de segunda a sexta. Mais informações pelo telefone (31) 3409-2520 e no site www.icb.ufmg.br.


Fonte: UFMG


O profissional contemplado no sorteio da bolsa para o curso "Aplicação de Injetáveis", oferecifo pelo Grupo Ideal foi a Farmacêutica EFIGÊNIA MARIA LEAL DE OLIVEIRA.


O SINFARMIG parabeniza a colega Farmacêutica e agradece a participaççao de todos os profissionais.


Diretoria - SINFARMIG


"Em defesa da saúde e da profissão farmacêutica"

Cortesias de cinema para Farmacêuticos sindicalizados

 


O SINFARMIG firmou parceria com a rede de cinemas Cineart Multiplex e oferece mensalmente aos Farmacêuicos sindicalizados convites especiais para todos os cinemas do grupo, em Minas Gerais e em outros Estados.


Cada sindicalizado terá direito a 02 convites, lembrando que as cortesias são limitadas. Os interessados devem retirar os ingressos na sede do Sindicato mediante apresentação da carteirinha.


A distribuição das cortesias faz parte da campanha CINE SINFARMIG  e tem o objetivo de levar cultura e entretenimento aos Farmacêuticos mineiros.


As cortesias são válidas para todos os dias, inclusive feriados. Basta trocar na bilheteria das salas antes de casa sessão.

Confira as salas Cineart Multiplex: 


Boulevard Shopping (Região Leste)
Shopping Cidade (Centro)
Shopping Del Rey (Pampulha)
Minas Shopping (Região Norte)
Via Shopping (Barreiro)
Betim Shopping (Betim)
Itaú Power Shopping (Contagem)


Informações de filmes e horários: www.cineart.com.br

 

 

Mais Artigos...