Dois medicamentos novos aprovados pela Anvisa vão ampliar as opções para o tratamento da hepatite C no Brasil. As novidades deixam o país mais próximo de uma cura total da hepatite C e eliminação da sua transmissão. 

O primeiro é o medicamento Zepatier, uma associação em dose fixa dos princípios ativos elbasvir e grazoprevir. O medicamento será produzido, na forma de comprimido revestido, na concentração de 50mg de elbasvir e 100mg de grazoprevir. 

O produto é indicado para administração por via oral em adultos uma vez ao dia, para o tratamento da hepatite C crônica (HCC) genótipos 1 ou 4 em adultos. 

O segundo registro da Anvisa foi para o medicamento Harvoni que é uma associação entre os princípios ativos ledipasvir e sofosbuvir. O Harvoni será utilizado por via oral em adultos e uma vez por dia. O Harvoni é indicado, em combinação ou não com ribavirina, para o tratamento da Hepatite C Crônica (HCC) genótipo 1 em adultos.  

 

Hepatite C 

 

A infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV) é um problema de saúde pública com uma estimativa de 80 a 150 milhões de indivíduos infectados em todo o mundo.  A doença é uma das maiores causas de transplantes de fígado. No Brasil, estima-se que exista entre 1,4 e 1,7 milhão de pessoas cronicamente infectadas pelo HCV.

A Anvisa tem dado prioridade de análise para os medicamentos para tratamento da hepatite C. Os novos produtos se juntam ao arsenal terapêutico de medicamentos da nova geração aprovados recentemente pela Anvisa como Daklinza™ (daclatasvir), Olysio® (simeprevir sódico), Sovaldi® (sofosbuvir) e Viekira Pak (ombitasvir/veruprevir/ritonavir+dasabuvir).  

O Zepatier será fabricado pela MSD International GmbH T/A MSD Ireland, localizada em Ballydine, Irlanda e será importado no Brasil pela empresa Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda., localizada em Campinas, São Paulo. 

O Harvoni será fabricado pela Patheon Inc. localizada em Ontário, Canadá e será importado no Brasil pela Gilead Sciences Farmacêutica do Brasil Ltda., localizada em Vargem Grande Paulista, São Paulo.

 

Fonte: Anvisa

Publicada em 04/12/17

 

 

 

A reunião do Conselho de Representantes da Fenafar, que contou com a participação de 22 sindicatos filiados à Federação, aprovou a Carta de São Paulo chamando às entidades farmacêuticas a se unirem em torno da luta pelos direitos da categoria, em defesa do Brasil e do movimento sindical. Leia na íntegra:

 

Carta de São Paulo

A Federação Nacional dos Farmacêuticos - Fenafar e os sindicatos filiados presentes na reunião do Conselho Representantes da Fenafar, em São Paulo, nos dias 02 e 03/12 realizaram intenso e coletivo debate sobre temas do cotidiano da profissão farmacêutica. Também esteve em pauta a conjuntura política, econômica e social, além das reformas adotadas no Congresso Nacional e do projeto político imposto no Brasil, tendo em vista seus impactos diretos no âmbito profissional farmacêutico.

Diante:

1. Da recém aprovada reforma trabalhista, que colocam em desvantagem as relações de trabalho entre os farmacêuticos e seus empregadores, prejudicando as condições de trabalho e a remuneração profissional;

2. Dos ataques à estrutura sindical contidos na Reforma Trabalhista, que fragilizam os sindicatos e a luta dos trabalhadores;

3. Da possibilidade de uma Reforma da Previdência tal qual proposta pelo Executivo:

4. Das recentes alterações nas políticas, protocolos e condutas de trabalho no Sistema Único de Saúde, promovidas de forma unilateral pelo ministério da saúde;

5. Dos ataques à Lei 13021/2014, através de projetos de lei, que prevêem a retirada da obrigatoriedade do farmacêutico das farmácias, trazendo mudanças drásticas à atuação profissional do farmacêutico e colocando em risco a saúde da população.

Dirigimos-nos às demais entidades da categoria farmacêutica, dos movimentos sindicais e sociais, bem como, ao conjunto de colegas em todo Brasil, para alertar todas e todos sobre as bruscas e preocupantes mudanças que ocorreram neste último período, como também as que estão por vir e que colocam em risco as perspectivas profissionais.

Temos que evitar retrocessos em nosso âmbito de atuação, visando à garantia da prestação de serviços e da atenção farmacêutica à população. Precisamos atuar unidos, de maneira organizada e coordenada, com o objetivo de articular ações conjuntas, para resistir ao atual cenário.

Neste sentido, é urgente a convocação imediata do Fórum de Valorização da Profissão Farmacêutica. A unidade e a mobilização são urgentes e necessárias para garantir conquistas obtidas e caminharmos para outros avanços.

Também é momento de reunir as mais variadas entidades da profissão farmacêutica para manifestar sua solidariedade à resistência do movimento sindical e se somarem à luta para garantir a existência da estrutura sindical. Conclamamos a todos que o papel fiscalizador e disciplinador do exercício profissional estejam aliados à defesa do trabalho farmacêutico.

A Fenafar e os sindicatos filiados colocam-se à disposição das demais entidades, e de toda sociedade para, desde já, estabelecermos diálogo, visando a construção de uma agenda de atividades e mobilizações.

Unidade Farmacêutica pela valorização profissional e da luta em defesa dos direitos. Juntos somos mais fortes!!

 São Paulo, 03 de dezembro de 2017.

Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Farmacêuticos - Fenafar

Sindicato dos Farmacêuticos do Acre

Sindicato dos Farmacêuticos do Alagoas

Sindicato dos Farmacêuticos do Amazonas

Sindicato dos Farmacêuticos da Bahia

Sindicato dos Farmacêuticos do Ceará

Sindicato dos Farmacêuticos do Distrito Federal

Sindicato dos Farmacêuticos do Espírito Santo

Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás

Sindicato dos Farmacêuticos do Maranhão

Sindicato dos Farmacêuticos do Mato Grosso

Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais

Sindicato dos Farmacêuticos da Paraíba

Sindicato dos Farmacêuticos do Paraná

Sindicato dos Farmacêuticos de Pernambuco

Sindicato dos Farmacêuticos do Piauí

Sindicato dos Farmacêuticos do Rio de Janeiro

Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Norte

Sindicato dos Farmacêuticos do Rio Grande do Sul

Sindicato dos Farmacêuticos de Roraima

Sindicato dos Farmacêuticos de Santa Catarina

Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo

Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe

 

 

Fonte: Fenafar

Publicado em 04/12/17

 

 

O 4º Encontro Nacional da CNTU está sendo realizado nesta sexta-feira, 01/12, em São Paulo no Auditório do Sindicato dos Engenheiros – Rua Genebra, 25 - Bela Vista - São Paulo – SP com intensa programação de atividades. 

A temática geral do evento, que será objeto de conferências e de uma mesa-redonda, é “Soberania, democracia e cidadania rumo ao Brasil 2022”, fundamental para pensar os desafios e oportunidades do País a partir de agora até ao menos o Bicentenário da Independência e os 100 anos da Semana de Arte Moderna, que serão comemorados em 2022.

 

A programação inclui a plenária do Conselho Consultivo da CNTU, com a posse de novos membros. Ao final haverá a entrega da sétima edição do prêmio Personalidade Profissional, concedido aos homenageados em Economia, Engenharia, Farmácia, Nutrição, Odontologia e Interesse público. O diretor Rilke Novato, representa o Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig no Encontro. 

 

Programação

 

9h – Abertura

 

10h – Conferências “Constituição, democracia e justiça rumo ao Brasil 2022”

Conferencistas

Celso Amorim – Diplomata, ex-ministro da Defesa e ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil

Pedro Serrano – Advogado e professor de Direito Constitucional da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)

 

14h – Mesa redonda “Soberania, democracia e cidadania rumo ao Brasil 2022”

Debatedores

Antônio Augusto de Queiroz - Jornalista, analista político e diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)

Esther Albuquerque – Economista, consultora em cidadania e participação para o desenvolvimento econômico e social

Pedro Celestino – Engenheiro, presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro

Paulo Teixeira - Deputado federal, vice-presidente da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional

 

16h30 – 12ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU

Posse dos novos membros

Apresentação do portal Brasil 2022

Debate e aprovação da Carta do 4º Encontro Nacional da CNTU “Soberania, democracia e cidadania rumo ao Brasil 2022”

 

18h –  Cerimônia de entrega do prêmio Personalidade Profissional 2017

Waldir Pereira Gomes – Economia

Wanderlino Teixeira de Carvalho – Engenharia

Hermias Veloso da Silveira Filho – Farmácia

Zaida Maria de Albuquerque Diniz – Nutrição

Jaime Aparecido Cury – Odontologia

Celso Luiz Nunes Amorim  – Interesse público

 

Fonte: CNTU

Publicado em - 01/12/17

 

 

Para lembrar os 30 anos de luta por uma sociedade sem manicômios será realizado entre os dias 08 e 09/12 o Encontro de Bauru, na Universidade do Sagrado Coração. O evento pretende promover uma reflexão profunda sobre a Rede de Atenção Psicossocial, seus serviços e suas relações em todo o Brasil. O Encontro marca os 30 anos da Carta de Bauru e pretende defender a cidadania e os direitos dos pacientes da Saúde Mental para serem acolhidos em regime aberto, comunitário e ambulatorial. A programação inclui análise de conjuntura atual, rodas de conversa sobre a luta antimanicomial, atividades culturais, Feira de Economia Solidária e um grande ato público. A plenária será o espaço para organizar o acúmulo das discussões e construir uma agenda de lutas. 

O farmacêutico e psicólogo Sebastião Fortunato, membro do Sindicato dos Psicólogos de Minas Gerais - PSINGMG e do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais – Sinfarmig irá participar das atividades. Ele explica que a luta precisa avançar, no sentido de ampliar os dispositivos de cuidado. Na opinião dele, há de se buscar novas soluções para atendimento desta população, principalmente as pessoas com maior vulnerabilidade social e vítimas de abandono. Também participarão do encontro usuários dos serviços e familiares, trabalhadores da saúde, gestores, entidades sindicais e conselhos de classes, membros dos fóruns de saúde mental e comissões de reforma psiquiátrica, conselheiros da saúde, acadêmicos e movimentos sociais de todo Brasil, permeada pelo controle social e participação social.

Há 30 anos, um encontro entre trabalhadores da Saúde Mental, em Bauru, forneceu diretrizes para as políticas públicas do setor, em todo o País. Com isso, a cidade se tornou a precursora da implementação de uma rede de atendimento psiquiátrico voltado à socialização dos pacientes. 

Em décadas passadas, pacientes do Brasil inteiro eram abandonados em hospitais de Bauru, devido à proximidade da ferrovia. Muita coisa mudou de lá para cá. Já existem atividades substitutivas à internação propriamente dita, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e as residências terapêuticas. Entretanto, estas políticas públicas voltaram a ser ameaçadas pelo atual governo. O Encontro terá uma programação pautada na resistência e na busca por novos caminhos para a saúde mental.

 

Programação:

 

08/12 (sexta-feira) – Eixo do Encontro: Democracia e luta antimanicomial.

Manhã – Abertura do Encontro de Bauru (USC).

Tarde – Rodas de conversa: Caravana de Direitos Humanos (Defensoria Pública).

Noite – Ato público na cidade (Praça Rui Barbosa).

 

09/12 (sábado) – Manhã – Rodas de conversa (USC).

Tarde – Plenária final.

Noite – Programação cultural: Parque Vitória Régia.

 

Em ambos os dias haverá a Feira de Economia Solidária, Prêmios Arthur Bispo do Rosário e Carta de Bauru.

 

RODAS DE CONVERSA

 

Todas as rodas de conversa têm como proposta discutir balanço, desafios e estratégias de luta e resistência na perspectiva de construção de propostas para a Plenária Final do Encontro de Bauru.

 

Os temas das rodas de conversa são:

 

TEMA 1: Cuidado em liberdade: a RAPS que queremos

- Reafirmando a defesa radical do cuidado em liberdade, o Encontro vai dialogar sobre diferentes serviços da RAPS e o que queremos para eles.

 

TEMA 2: Por uma reforma psiquiátrica antimanicomial: desafios e impasses para os movimentos sociais

- Analisar a conjuntura e a situação atual da reforma psiquiátrica antimanicomial e dos movimentos sociais no país e nos estados e buscar caminhos para construir uma agenda ampliada.

 

TEMA 3: Trabalho em saúde e enfrentamento da precarização

- Discutiremos sobre a situação atual dos processos de trabalho, considerando as terceirizações e as parcerias com entidades da sociedade civil, entre outros elementos.

 

TEMA 4: Contra a maré: velhos e novos problemas da institucionalização

- Vamos buscar reconhecer, refletir e debater sobre os modos de institucionalização que ainda se mantém, como os manicômios, e sobre as novas formas de institucionalização, como as comunidades terapêuticas, nos diferentes estados, propondo formas de resistência.

 

TEMA 5: Justiça e garantia de direitos

- A partir da discussão sobre o que é justiça e do cenário de violação de direitos, a proposta é problematizarmos situações diversas, incluindo a da pessoa com experiência de sofrimento psíquico em conflito com a lei. 

 

TEMA 6: Loucos como sujeitos de direitos

- Considerando a histórica bandeira da luta antimanicomial pelo reconhecimento do louco como sujeito de direitos, dialogar sobre importantes direitos como o direito à vida 

 

TEMA 7: Comunicação e cultura

- Vamos refletir e dialogar sobre o imaginário social e sobre as coberturas das mídias, a grande mídia e as alternativas, em relação à temas da saúde mental, e também construir estratégias para divulgação de experiências de usuários e familiares nos serviços substitutivos.

 

TEMA 8: Infância e juventude

- Dentre os temas que iremos discutir, estão questões da estigmatização, da medicalização, das internações em instituições manicomiais. Além disso, vamos conversar sobre como fomentar protagonismo, como defender o ECA e como pensar em ações intersetoriais.

 

TEMA 9: Álcool e outras drogas

- Vamos debater sobre temas importantes as consequências de uma guerra às drogas para a sociedade, a violência das internações compulsórias e outras ações públicas. Também iremos dialogar sobre o antiproibicionismo, as estratégias de cuidado de baixa exigência, a redução de danos, dentre outros.

 

TEMA 10: Políticas públicas em tempos de desmonte dos direitos sociais

- Em tempos de retrocesso e de desmonte das políticas públicas e direitos sociais, vamos buscar fazer uma análise sobre os impactos atuais.

 

TEMA 11: O direito à diferença: a luta contra as opressões

- Vamos conversar sobre as situações de violação de direitos e violências cotidianas vividas por mulheres, população LGBT, negros, povos indígenas, e tantos outros. E vamos debater sobre como podemos trabalhar para construir uma sociedade em que as diferenças possam conviver.

 

TEMA 12: O direito a cidade: Luta Antimanicomial e intersetorialidade

- Queremos defender e buscar garantir o direito a habitação, a mobilidade, a cultura e a tantos outros direitos. Construir uma reforma psiquiátrica antimanicomial passa pelo diálogo com a rede intersetorial.

 

TEMA 13: Geração de trabalho e renda e Economia Solidária

- Vamos reafirmar o direito ao trabalho e discutir o fortalecimento das iniciativas de geração de trabalho e renda na perspectiva da Economia Solidária para os usuários e familiares dos serviços substitutivos.

 

TEMA 14: Medicalização da sociedade

- A patologização da vida e a prescrição e uso indiscriminado de medicações é um problema atual. Vamos debater sobre isso e construir reflexões e formas de resistência frente a isso. 

     

Fonte: Assessoria de Comunicação Sinfarmig

Publicado em 30/11/17

 

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